Vida de Cinderela

 

"Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam. - Bom dia… - Bom dia. - A senhora é do 610. - E o senhor do 612 - É. - Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente… - Pois é… - Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo… - O meu quê? - O seu lixo. - Ah… - Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena… - Na verdade sou só eu. - Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata. - É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar… - Entendo. - A senhora também… - Me chame de você. - Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim… - É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra… - A senhora… Você não tem família? - Tenho, mas não aqui. - No Espírito Santo. - Como é que v

Novidades?? Estou mais velha!! É verdade, snif, snif...! Vinte e nove já cá cantam (mas bato a quem disser que aparento tal)! :)  Foi o aniversário mais dificil que tive até hoje, mas certamente um dos que mais me irá ensinar. Ou talvez não, porque nunca aprendemos o suficiente para competir com as voltas que a vida dá... com as partidas que nos prega, com as vezes que nos troca, com os acasos, as coincidências, ou até mesmo, com o raio do tal destino! Neste ano mudei quase tudo. Assim de um momento para o outro! Mudei de cidade, mudei de loja, passei a morar sozinha... e tudo num sítio onde não conheço quase ninguém. Se é a isto que chamam sair da zona de conforto, já estou longe, longe!  O que não muda?? A novela mexicana chamada - minha vida!! Estou eu, longe de tudo e de todos, sossegadinha que só visto... e pumba!! Cai-me em cima tudo o que quis durante anos... com uma única diferença: já não quero!!   Alô, alô... universo?? Colabora por favor! Eu só

Tenho saudades tuas, dos nossos momentos. De estarmos enroscados no sofá a sentir o quente dos corpos. De te ver cozinhar, e de me rir da tua falta de jeito. Tenho saudades de conduzir a sentir a tua mão na minha perna, e de cantarmos juntos as musicas que passavam na rádio. Tenho saudades das nossas conversas e dos nossos silêncios. De te olhar nos olhos e me apaixonar um bocadinho mais. Tenho saudades do teu sorriso e de sorrir contigo. Tenho saudades do teu toque e de te sentir em mim. Tenho saudades tuas, tenho saudades de mim contigo. Tenho saudades nossas... Sei que terei muitas mais.

Gosto de te ver feliz. Mostra-me que o mundo dá muitas voltas, e que a pessoa que somos hoje, não é a mesma que poderemos ser amanhã.  Penso em nós, no que mudamos. Invertemos os papéis. Tu, partiste o pote e agora deitas cá para fora toda a doçura que te é possível. Deixaste cair as barreiras e permites te entregar e deixar que se entreguem a ti. E eu, descobri em mim, pedras que nem sabia que tinha. Sou a romântica incurável que deixou de acreditar nos contos de fada. Que agora acha (como tu tantas vezes me disseste) que o amor tem prazo de validade ou então é um jogo de conveniências. Já nem em filmes românticos choro, vê lá! Começo a achar isto grave. Lembro-me das nossas conversas sobre o tema, do quanto que discordávamos um do outro. Do quanto te tentava convencer que estavas errado... E é agora, quando te dou a razão, que me mostras que, afinal, não a tens.  Irônico não? ;)

Desta vez, decidi ter juizinho e não sair por ai a comprar tudo e mais alguma coisa só porque está barato.  Sendo assim, antes de comprar alguma coisa (a não ser que me apaixone perdidamente, também acontece), faço duas perguntas a mim própria:  - "É fácil de conjugar?" - "Vou usar varias vezes, ou é para usar uma e depois arrumar?" No meio disto tudo encontrei umas pechinchas fantásticas: Botas todas Bershka 15.99€ Colares Lefties 1€ (sim, foi mesmo SÓ 1€ cada um!!) Mala Lefties 1.99€ (sim, também é verdade!) Para além, do macacão que já mostrei aqui e de um top da Stradivarius que não consegui fotografar (quando usar mostro). E então, o que acham? :)

São 2:37 da manhã e não tenho ponta de sono. A minha mente vagueia e lembro-me da conversa que tive com uma amiga, num destes dias. Falávamos de amor, da diferença entre o amor da nossa vida e da pessoa da nossa vida. Sim, nem sempre é a mesma. Aliás, a meu ver, quase nunca é (se for, somos uns grandes sortudos)! A meio, ela diz-me: “tu ainda vais acabar com ele”. Ri-me, abanei a cabeça e disse que não, que tal era impensável. Já não te amo, e não és, nem de longe, o tipo de pessoa com quem quero ficar.  Mas, de repente, dou por mim com um leve sorriso nos lábios ao pensar na hipótese. Pronto, enlouqueci de vez! E o pior é que continuo! Como seria se o mundo nos voltasse a virar do avesso, e nos cruzássemos novamente? Tentaríamos de novo? Será que ainda teríamos algo mais para viver?  Sinto que não, que acabou, que já não há mais nada. Imagino-me feliz com outro alguém, e quero que o sejas também. Contudo, a ideia (por muito maluca que a ache) não me assusta, de todo.