São 2:37 da manhã e não tenho ponta de sono. A minha mente vagueia e lembro-me da conversa que tive com uma amiga, num destes dias. Falávamos de amor, da diferença entre o amor da nossa vida e da pessoa da nossa vida. Sim, nem sempre é a mesma. Aliás, a meu ver, quase nunca é (se for, somos uns grandes sortudos)!
A meio, ela diz-me: “tu ainda vais acabar com ele”. Ri-me, abanei
a cabeça e disse que não, que tal era impensável. Já não te amo, e não és, nem de longe, o tipo de pessoa
com quem quero ficar.
Mas, de repente, dou por mim com um leve sorriso nos lábios
ao pensar na hipótese. Pronto, enlouqueci de vez! E o pior é que continuo!
Como seria se o mundo nos voltasse a virar do avesso, e nos cruzássemos
novamente? Tentaríamos de novo? Será que ainda teríamos algo mais para viver?
Sinto que não, que acabou, que já não há mais nada. Imagino-me feliz com outro alguém, e quero que o sejas também. Contudo, a ideia
(por muito maluca que a ache) não me assusta, de todo.
Talvez seja por tudo o que vivemos, por seres aquele que
melhor me conhece e vice-versa. Sabes mais do meu lado mau, do que do bom. Protegeste-me
tanto, quanto me mandaste aos leões. Mas ainda assim, o que ficou, foram as coisas
boas.
E sei que, aqui ou na China, solteira ou casada, e mesmo com um bando de
filhos, vai sempre haver um laço inexplicável entre nós. Porque mesmo passando
anos, basta uma frase para tudo voltar à nossa memória.
É bom, porque existe carinho.
É fácil, porque és tu.
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